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A mostrar mensagens de abril, 2016

Ontem ia ser um dia lindo

Ontem ia ser um dia lindo. Feriado, sol e sete meses de ti nas nossas vidas. Íamos sair de manhã, passear na praia com roupa de Primavera. Mostrar-te o mar e pôr te os pés na areia pela primeira vez. Ias estranhar mas com certeza gostar. O papá ia delirar e o meu coração transbordaria só de vos ver ali assim, a tapar te os pés com areia fininha. Pelo menos era isto que tinha imaginado. Só que não. Não fomos. Eu fui só trabalhar e tu ficaste só com o pai em casa a brincar. Não houve bolinho nem houve bolachas, não houve o livrinho do mês nem a foto da praxe. Houve um turno demasiado longo e uma chegada a casa tardia. Apenas um mês de trabalho e sete de vida e já estou a falhar. Só tu não me falhas. Não me falhou esse sorriso rasgado assim que cheguei. Não me falhou o miminho na cara entre as tuas mãos pequeninas. E como se percebesses a minha tristeza pelo dia que não foi, namoraste me o colo até à hora de deitar. Acabou por ser uma noite linda, em que dormimos os três de mão dada

Talvez seja tempo de mudança

Hoje estava pronta para fazer o balanço do primeiro mês de trabalho. Depois parei e pensei: ainda só passaram 20 dias... sim. Já estou cansada como se trabalhasse há meses mas não. Ainda não passou sequer um. Tem sido duro. As noites que já eram de seis horas voltaram a ser de três ou mesmo de duas horas seguidas se sono. Muita maminha, muito miminho. Mas às seis quando ele pega no sono eu tenho que me levantar não tarda para pegar no trabalho. Gozo uma hora antes, que me dá a oportunidade de o preparar para a creche e de sairmos os três de casa à mesma hora. Gozo outra hora no fim. Mas nem sempre. O trabalho é muito e é raro o dia em que às três já despi a farda. E ainda gasto 40 minutos de cada uma dessas horas em viagem. Tenho me sentido mais stressada do que gostaria. Sair mais cedo implica mais rapidez e a mesma eficiência para não prejudicar quem segue o meu turno. Mas nem sempre sou tão rápida quanto gostaria porque é mesmo assim quando trabalhamos com pessoas. Pessoas que pr

Dia de Folga

Parece o título de uma canção (que por acaso o G. adora) mas não. É apenas o dia mais aguardado da semana, aquele pelo qual espero ansiosamente durante todos os outros dias. O dia em que eu folgo do trabalho e ele folga da creche. Em que eu o deixo dormir e o visto sem pressa. Em que voltamos à maminha sem horários e a toda a hora. Em que fazemos o almoço 'juntos' para o papá que nos vem ver ao meio dia. O dia em que adormecemos juntos no sofá na hora da sesta. Em que o acordo com beijinhos à hora da papa. Em que rebolamos no chão e ele me enche as bochechas de baba. São estes dias de folga a única vantagem que vejo em trabalhar por turnos. Uma vez por semana voltamos a ter um dia daqueles que tivemos todos os dias durante seis meses. E sabe tão bem. Se não aproveito também os outros dias? Sim. O máximo que consigo. Mas há coisas que só podemos e conseguimos fazer nestes dias e é por isso que são especiais. E eu passo o resto dos dias à espera deles.

Seis meses. Parabéns e obrigada.

Seis meses. Meio ano que passou tão rápido. Nao, não passou sem darmos conta! Porque só não damos conta quando foi tempo que passou sem vermos, sem sabermos, sem vivermos. E este tempo foi tão, mas tão cheio de vida. Parabéns é o que se costuma dizer. Parabéns ao bebé, parabéns aos papás. Mas a ti, faz me mais sentido agradecer: Obrigada por seis meses de vida. Vida a sério. Vida preenchida. Vida em cheio e cheia de vida. Obrigada por seis meses de amor. Não que já não amasse de muitas maneiras. Mas de amor assim. Sem medida, sem início e sem ter fim. Obrigada por me mostrares que é possível olhar nos olhos e despir a alma. É o que me fazes cada vez que páras a olhar nos meus. Obrigada por me ensinares que os maiores carinhos estão nas mãos mais pequeninas e que mesmo sem conseguirem rodear completamente o pescoço, os teus braços pequeninos conseguem abraçar um coração. Obrigada. Serei eternamente grata por seres nosso.