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Mensagens

A mostrar mensagens de 2017

Memória(s) curta

De Dezembro' Hoje ao fim do dia, depois de lhe dar banho e ele fugir, colocar o creme e ele fugir, vestir lhe o pijama e ter que correr atrás dele para vestir o robe, sequei lhe o cabelo aos pulos e passei lhe o pente de raspão. Ele correu para as escadas, o pai apanhou o e eu fiquei de joelhos na casa de banho, no mesmo sítio onde o penteei, com a sensação de que tinha corrido uma maratona. Suspirei alto e bom som um 'mas este miúdo não pára um segundo' a tempo de ouvir o pai gritar um ' está quieto um bocadinho filho!' Depois lembrei me que há precisamente um ano, poucas semanas depois de aprender a andar, ele ficou internado. Estava em repouso por falta de ar e confinado a uma caminha de grades. E que eu chorava todas as noites com medo que ele deixasse de saber andar. E que ansiava todos os dias por vê lo correr fora dali. Impressionante como a nossa memória é curta. Não pares filho. Nunca mais voltes a parar. Quando não conseguir correr atrás

Este caminho que eu escolhi

De Outubro' Às vezes arrependo-me de ser enfermeira. De ter escolhido este caminho. Porque mesmo que um dia o abandone a minha vida terá ficado marcada para sempre. Marcada pelas histórias que não escolhi conhecer, pelas famílias que não escolhi ver separadas, pelas dores que não escolhi ver espelhadas em olhares que guardo comigo. Marcada pelas lutas que não escolhi ajudar a travar, pelos sonhos que não esc olhi ver terminados, pelas mortes a que nunca escolheria assistir. E é assim. Ser enfermeiro é escolher apenas o início do caminho e aceitar, sem escolha, tudo o que nos aparecer pela frente. É ver, constantemente a memória invadida por estilhaços daquilo que não nos queremos lembrar. Por isso ser enfermeira marcou-me. Mudou-me. De uma maneira que eu não sei se queria. Ou talvez quisesse. Mas só porque também me mudou de forma a dar mais valor à vida, a viver cada dia como se pudesse ser o último. A ver na história dos outros um bocadinho da minha e a ten

O colo cura tudo

De Outubro' Fui fazer noite. Eles deixaram me à porta do hospital. Abracei o, esmaguei o como faço sempre, enchi lhe as bochechas de beijos e disse lhe que ia ganhar tostão. Quando o larguei disse me 'até iogo mamã' com a calma de quem diz que vai correr tudo bem. Acho que o pior já passou. Que já percebeu que vá onde for, eu volto, sempre. Basta esperar. Descansa me senti lo outra vez assim. Tranquilo e seguro. Acreditem. O colo cura tudo. O colo e mergulhos no mar :)   ❥ Instagram ❥ Facebook

Hoje #3: Sestas no Sofá

Ingenuidade a minha em pensar que não ia acontecer. As férias passavam, ele voltava à escola e nós ao trabalho sem grandes dramas. Até desta vez. Em que ele não faz dramas mas anda constantemente à nossa procura. À minha procura. Em que se eu me ausento da divisão em que estamos ele vai assustado procurar-me. Em que quando eu trabalho no turno da noite, o pai diz que ele passa bem. Mas quando eu v olto, nos dias seguintes, anda sempre atrás de mim. O pai diz que não sabe o que se passa. Mas eu sei. Nós sabemos bem o que é habituar-mo-nos um ao outro e voltarmos a separar-nos. Voltarmos a dividir o nosso tempo e não termos tempo p'ra nós. Mas dizem que as sestas no sofá curam tudo. E nós acreditamos. ❥ Instagram ❥ Facebook

Eu e a festa dele: dois anos.

Setembro nunca me deixa ficar mal mas eu, por norma deixo ficar mal Setembro! Porque o deixo passar e acabar sem falar sobre um dos dias mais importante do mês: o dia em que festejamos os anos do Gui! Já falei sobre o dia do aniversário propriamente dito, aqui e de como optámos por lhe oferecer memórias em vez de bens e tralha perecível. Mas ainda não falei da festa propriamente dita, sendo que este ano tentei também controlar-me, seguindo um pouco a mesma filosofia. Não foi fácil, acabei por exagerar aqui e ali, mas acredito que com o tempo isto melhora (ou não)! Este ano o tema estava definido há algum tempo. Depois de termos decidido que o primeiro ano seria festejado entre nuvens e balões de ar quente, ele começou a mostrar a sua preferência pelos 'Heróis da Cidade' e ficou claro que a festa do segundo aniversário iria enveredar por aí. Não foi fácil, até porque não há absolutamente nada à venda sobre este tema o que me obrigou a puxar ainda mais pela cabecinha e a ma

Menos bens, mais memórias

Foi com esta ideia em mente que planeámos o dia de aniversário do Gui este ano. Ele ainda não liga grande coisa a prendas. Acha piada a rasgar o papel mas o encanto inicial rapidamente se desvanece. Depois, por muito que pensássemos não surgia ideia de coisa nenhuma para comprar, a não ser pistas e carros e carros e pistas que efectivamente é o que ele adora, mas que tem que chegue para já. Sendo assim, achei que seria muito mais proveitoso e divertido, proporcionar-lhe uma qualquer experiência diferente e que ele pudesse guardar para mais tarde recordar. E foi com base nisso que decidimos passar um dia no Zoo. A minha ideia inicial era rumar a Lisboa. Sairmos cedo e passar o dia no Jardim Zoológico de Lisboa, usufruindo de tudo o que por lá se pode fazer. Mas depois a viagem pareceu-nos demasiado longa mediante a possibilidade de ele ficar cansado só pelo caminho feito e já não achar grande piada ao programa no Zoo propriamente dito. Foi quando fomos fazer a sessão fotográfica (

Amamentar-te

São dois anos. Já foi difícil. Agora nem sempre é fácil. Já doeu muito, já custou mais. Já quis parar e já chorei por achar que chegara o fim. Que não chegou. É aqui que voltamos ao que éramos, que voltamos a ser só nós. Amamentar te às vezes cansa-me. Mas outras vezes, é a única coisa que me sossega.

Retratos nossos

É verdade que tenho andado ausente deste cantinho, embora me mantenha pela página do facebook , onde a rapidez com que descarrego fotos e conteúdos, me permite fazê-lo com maior facilidade. Mas prometo voltar à escrita mais longa, até porque lhe sinto a falta, e há imensas coisas que gostaria de guardar aqui, ou não fosse esse o objectivo principal da criação do blogue: guardar momentos. E como habitual, Setembro foi cheio de momentos dignos de guardar, uns na memória, outros no coração e outros ainda, na melhor forma de eternizar alguma coisa: em fotografias. Tiramos muitas fotos, nas mais variadas situações mas mesmo assim, nem sempre conseguimos guardar tudo o que gostaríamos. Ou porque foi uma expressão inesperada ou porque não a volta a repetir. Temos fases com mais outras com menos e, por mais fotos que tire, acho sempre que são poucas, além de, por norma, faltar sempre um de nós, que fica atrás da câmara. É por isso que, de vez em quando, procuramos fazer uma sessão fot

O problema que era. O sucesso que foi.

'Quando fores capaz de ler isto, tenho a certeza que vamos rir os dois. Rir do problema que era e do sucesso que foi. Mas por agora choramos. Choro eu de ansiedade e medo e choras tu por me sentires assim.' Começava assim a carta  que escrevi ao meu filho, em Março do ano passado, no primeiro dia de creche. Foi também a primeira vez que me separei dele desde que nascera e consequentemente, a primeira vez que o entreguei aos cuidados de outra pessoa que não eu ou o pai. Sim. Isso mesmo. Até então nunca, mas nunca o deixara com alguém que não nós. Não houve necessidade e também não nos fazia sentido. Posso afirmar, sem medo de qualquer tipo de julgamento, que foi um dos dias mais difíceis da minha vida e uma das fases mais complicada de ultrapassar. Eu não entendia e não conseguia aceitar que me fosse imposto deixar o meu filho aos seis meses de idade com estranhos. E para quê?! Para que eu pudesse retomar uma vida laboral que, ainda para mais, após o conhecer, deixou de m

Da saga: dar corda aos sonhos

Eu adoro cozinhar e fazer bolos é uma das minhas paixões. Gosto de os fazer para receber amigos, para ajudar a alegrar uma festa, para completar um almoço de domingo ou, simplesmente para ter um lanche diferente quando eles chegam da creche e do trabalho. Para saberem que me lembrei deles, que dediquei tempo a fazer algo para os ver felizes, para adoçar o fim de mais um dia normal. Para mim, além de terapêutico, fazer bolos é uma das formas que encontro para partilhar amor por aqueles que me rodeiam. E o prazer que me dá fazê los ultrapassa largamente todo o trabalho que a confecção possa envolver. Mas fazer bolos também é uma arte e há muito que alimentava este sonho de aprofundar a área do cake design. Às vezes por falta de tempo, outras vezes por falta de verba, fui adiando e deixando esta vontade em banho-maria. Ser mãe também me trouxe isto. Coragem e determinação para perseguir o que me faz feliz. Quanto mais não seja para lhe dar o exemplo de que é na dir

Hoje #2: co-sleeping à moda antiga

Hoje ficou na avó. Na minha mãe. Ao fim da tarde a minha irmã mandou me isto. Um emaranhado de gente a dormir a sesta, que durou mais de três horas. Ele e os tios. Um p'ra cada lado. Os meus irmãos a dormir com ele em co-sleeping. Não foi preciso ensiná-los. Eles conhecem o conceito, só lhe dávamos outro nome. Chamava se: 'haver só um quarto p'rós três' E era tão bom. E era tão simples. E não se falava em mimo a mais, em dormir sozinho, em habituar mal. Hoje há mais espaço, há mais quartos, há mais divisões. E há famílias debaixo do mesmo tecto que partilham pouco mais do que isso. Um tecto. Ensinam-se bebés a dormir sozinhos, a ser independentes, a ter pouco colo porque o mimo estraga. Gostava só de perceber onde ficou a simplicidade da vida que levávamos. Quando foi que tudo mudou. ❥ Instagram ❥ Facebook

Hoje #1: a nossa cidade acordou connosco

Hoje fiz noite. Eles levaram me ao trabalho e de manhã cedinho estavam lá para me buscar. Estacionámos na avenida e descemos em direcção ao Rossio. Os três de mão dada, vimos a nossa cidade acordar. Vimos os primeiros turistas a chegar e entrar nos moliceiros acabados de limpar. Vimos os chapéus de sol das esplanadas a abrir e comemos pão quente acabado de sair. Vir para mais perto de casa tamb ém me trouxe isto. A possibilidade de aproveitar estas horas que antigamente gastava em viagens sozinha. E é tão bom. Tão reconfortante. Para eles que dormiram sem mim. Para mim que não dormi sem eles. Para nós que vimos juntos a nossa cidade, que assim, acabada de acordar, é ainda mais bonita. [Em sítios distantes mas a procurar a felicidade da mesma maneira. Na sua Meia Lua - Mom. Life Lover a Mafalda escrevia isto ao mesmo tempo que nós https://m.facebook.com/ story.php?story_fbid=487622 904937923&substory_index=0 &id=305664166467132 ] ❥ Instagram

Coisas que dizemos às cinco da manhã

Estou cansada. Cansada não. Estou exausta. Quase 22 meses sem dormir uma noite inteira. Umas melhores, outras piores. Hoje foi das piores. Depois de umas férias que não foram, voltei hoje a trabalhar e ele dormiu tão mal. Às cinco, já depois de muita volta na cama dele e na nossa, no meio do choro dele e do meu, disse lhe que estava farta de lhe dar mama. E naquele momento era verdade. Às cinco e meia já era mentira. E ele adormeceu no meu peito aos soluços e eu perdi me numa culpa que não tem explicação. E às seis levantei me para ir trabalhar. Eu disse lhe que estava farta de lhe dar de mamar. Espero que ele não me tenha ouvido. #naoetudocorderosa ❥ Instagram ❥ Facebook

Do dia dos avós

Dizem que os avós sabem a chocolate. Os meus sabem a açúcar e canela. Daquele que cobre os bolinhos de abóbora no Natal. Sabem a aletria quente e a folar com queijo. Sabem a café com leite e a manteiga derretida em pão fresco. Cheiram a terra molhada e remexida pela enxada. A tardes de Verão no meio de terras de milho. Cheiram a sardinha assada com pimento na brasa. A mesas cheias em dias de fes ta. Com Leitão e laranja às rodelas. Sabem a almoços que vão até ao jantar, onde se canta e se toca acordeão. Onde agora há mais um lugar na mesa. O lugar daquele que veio adoçar lhes ainda mais o coração. O lugar do meu filho que é deles. Que é bisneto e ainda tem uma trisavó. E que tem o privilégio de também ser neto, dos melhores avós que podia ter: os nossos pais. Ele e o meu avô ❥ Instagram ❥ Facebook

Uma 'Pitada de Sonhos' embrulhados em chocolate.

Quem já nos segue há algum tempo já teve oportunidade de ler aqui e aqui a minha opinião acerca das ofertas que se fazem às pessoas que diariamente cuidam dos nossos filhos. Faço questão de o fazer e vejo-o apenas como uma demonstração de carinho e de gratidão pelo amor que colocam naquilo que fazem diariamente.  Estamos apenas no segundo ano de creche mas nem sempre é fácil encontrar ideias de presentes diferentes, que fujam ao convencional e que consigam transmitir sem dúvida nenhuma a importância que têm para nós. Além disso, como também já fui dizendo, gosto sempre de juntar algo feito em casa por mim, saído directamente da nossa cozinha. Este ano, para fugir às habituais bolachinhas, optei por oferecer mini bolos em forminhas que encontrei no DeBorla. Nunca tinha usado e, aparentemente devia ter escolhido um bolo que crescesse mais para ficarem mais compostinhas. Escolhi o melhor bolo de chocolate que sei fazer, ficaram mais baixinhos mas julgo que de sabor ficaram bem. P

A mãe foi ganhar 'tostão'

A minha mãe é enfermeira e às vezes não está em casa quando as outras mamãs estão. Nesses dias fico com o papá e ele ensinou me a dizer que ela foi ganhar tostão. Ela foi mas eu sei que ela volta, e eu vou a correr p'ra porta p'ra lhe dar um xi coração. Já vem tarde, vem cansada, mas nunca me diz que não.  Ela explicou me que tem que ir tratar dos velhinhos, que às vezes coitadinhos, não têm quem lhes dê a mão. Perguntei lhe se ela lá se esquece de mim, ela olhou p'ra mim assim, e disse me logo que não. Eu sei que se ela pudesse não ia, e que o que ela mais queria era ver me todo o dia a brincar com os carrinhos no chão. Eu disse lhe mamã deixa lá, eu fico com o papá e tu levas me no coração' ❥ Instagram ❥ Facebook

Amamentar às vezes cansa

Amamentar não é fácil. Salvo algumas excepções, é um caminho longo, nem sempre a direito, com obstáculos mais ou menos difíceis de ultrapassar. É, na maioria das vezes uma história de perseverança, teimosia e superação, sem esquecer que, qualquer história que envolva mãe e filho, é também uma história de amor. Nem melhor nem pior do que as histórias de amor de quem, por qualquer razão não amamentou. É só mais uma história de amor e esta é a nossa. Para nós até nem começou mal. Sempre expressei a minha vontade de amamentar o meu filho e, apesar do longo e medonho parto que tivemos, pude fazê-lo assim que ele nasceu. Sei hoje que foram aqueles olhos que me salvaram, dos dias seguintes em que me senti completamente perdida. Em que chorei horas a fio. Em que achei que estava a fazer tudo mal. Ou pelo menos não devia estar a fazer tudo bem, porque doía. Porque fiquei com feridas e não era suposto ficar. Porque ele mamava e depois chorava e eu persistia sem saber muito bem para onde me

Sabes filho #1: o dia da criança.

Sabes filho este dia existe não propriamente para meninos como tu. Que são felizes. Que têm amor, paz e um lar. Que têm abraços que lhes acolhem os medos e colo que lhes embala os sonhos. Este dia existe para lembrar que há meninos que tem muito pouco disso, ou mesmo nada. Que vivem no limiar da pobreza e dos seus direitos. Que não conhecem uma família. Que crescem e morrem cedo demais. Este dia e xiste para mais uma vez sermos gratos por aquilo que temos, pelo país onde nascemos, pela paz em que habitamos, pelo conforto em que dormimos. Pela saúde com que fomos abençoados. Pelo amor que nos une e por todos os dias serem dias felizes. É por isso que existe este dia filho. E é sempre assim que o vamos celebrar. ❥ Instagram ❥ Facebook

Quanto [me] custa ser Enfermeira

Custa muito. Custa tanto que às vezes acho que não vale a pena. E uso a palavra 'custar' de propósito porque, bem vistas as coisas, há sempre uma associação ao nosso salário: são pagos para isso, não fazem mais do que a vossa obrigação. E ouvir isto assim, dito da boca para fora, magoa. Magoa muito.  Magoa porque quem o diz, não faz ideia de quanto custa, por exemplo, amparar a queda de quem descobre que vai morrer. A quem é dito que já não há cura. Amparar o desencanto de sonhos interrompidos aos 20, aos 30, aos 40 anos. Não importa a idade. São sempre sonhos de alguém. Não faz ideia de que é inevitável projectarmos a nossa vida nestas vidas e que vivemos sempre assustados com o que nas nossas vidas pode surgir. Magoa porque não fazem ideia de quanto custa segurar na mão de quem parte e depois segurar na mão de quem fica. Aliás, a maioria das pessoas nunca teve que ver um cadáver de perto, quanto mais acompanhar essa passagem tão avassaladora, que culmina num último s

Eu a dar uma de Enfermeira #1: as vacinas, a imunidade e o sarampo.

Porque apesar de viver revoltada com a minha profissão, continuo a ser profissional de saúde e a não ficar indiferente a certos assuntos. Principalmente quando me vou apercebendo de que as escolhas que se fazem nem sempre são baseadas em boa e credível informação. Faço parte de alguns grupos de mães, onde cada qual é livre de expressar a sua opinião. Quando intervenho é porque alguma coisa realmente me impele a tal e, normalmente uma delas é ver alguém a dar ou receber informação menos correcta que pode levar a uma pior escolha. Chego, explico o que sei e faço a minha parte. E é o que vou fazer aqui, neste post e noutros se assim se proporcionar. Acho que se chegamos às pessoas com aquilo que escrevemos, porque não chegar também a assuntos deste género, desde que com informação correcta, fidedigna e de fácil compreensão. Ressalvo que sim sou enfermeira, mas na prestação de cuidados a pessoas adultas, pelo que não sou nenhuma especialista em saúde infantil. Há, no entanto sempre um

Outra vez a roupa, ou a falta dela.

Como têm vindo a acompanhar, a abundância de roupa que já não serve desorienta-me, por não ter espaço para a colocar. No entanto, a falta de roupa que lhe sirva é igualmente preocupante e, a cada nova estação tenho sempre um pequeno colapso. Aguardo com alguma expectativa os tempos em que a roupa dure mais do que um ano ou, pelo menos até ao fim de uma estação. Como já falei em outro post , não costumo dedicar-me a gastar muito dinheiro em roupa (já dediquei, mas éramos só dois humpf). Faço uma perspectiva do básico que vou precisar e já tenho mais ou menos a noção onde o encontro a uma relação qualidade/preço que me agrade. Por exemplo bodies, não compro em mais lado nenhum a não ser no Jumbo ou na H&M em promoção.  Posto isto, o facto de me ir controlando e gerindo o essencial permite que de vez em quando perca a cabeça e vá, meio dedo mindinho, em peças mais caras mas que, efectivamente me agradam e nas quais invisto para durar. Assim com em calçado, outra peça em que não p