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A mostrar mensagens de janeiro, 2016

No caminho do bem comer #1

Ter um filho não muda tudo mas muda quase tudo. Traz outra forma de ver as coisas, de viver o mundo. Faz nos analisar prioridades e repensar a maneira como temos vindo a fazer determinadas coisas até então. Sempre fui uma esquesita a comer. Em pequena era o chamado 'pisco', muito por ter vivido em casa dos meus avós e por, a cada cara feia que eu fazia a um prato surgir de imediato outro que me agradasse. Sofri com isto claro está. Toda a vida vi pessoas a comer coisas que eu até gostava de incluir na minha alimentação mas que, simplesmente não conseguia tolerar. Li várias vezes que há uma altura determinada para adquirir o gosto por certos alimentos e que, depois dessa janela de oportunidade se torna muito mais difícil. E foi. Entrei na universidade sem 'gostar' de salada ou carne picada, entre outras coisas banais. Mas o paladar também se vai educando e com muito esforço lá fui conseguindo integrar muita coisa na minha alimentação. Hoje devoro salada e adoro la

Eu gostava mas não posso...

Mesmo antes de ter filhos sempre disse que, se ganhasse o euromilhões, tinha logo uns quatro e ficava em casa a cuidar deles. Saiu-me quase o euromilhões quando me nasceu o meu amor pequenino mas, infelizmente não posso ficar em casa a cuidar dele. Tenho amigas que dizem não ter sido talhadas para serem mães a tempo inteiro. Que no terceiro mês de licença já estão pelos cabelos e ansiosas por voltar ao trabalho. Eu não. Eu trocava sem pensar duas vezes a minha carreira por isto. Por o deixar acordar e vesti-lo sem pressa. Por brincar e cantar-lhe toda a manhã. Por lhe embalar as sestas e calar o choro no meu colo a qualquer hora. Por amamentar em livre demanda e não ter que lhe dar nunca leite congelado. Por passar a tarde na cozinha a fazer bolachas e o jantar. Por cuidar só dele e não ter que voltar a cuidar de mais ninguém que não os meus. Quem me conhece sabe que sempre gostei do que faço. Sou enfermeira e escolhi sê-lo porque queria uma profissão onde pudesse ajudar o próximo.

O meu parto dava um blogue

Durante algum tempo foi este o título que me viveu na mente para dar nome a este cantinho. Era sobre isso que queria e precisava falar. O que aquele dia me fez, o que deixou em mim e o que levou. Mas depois não era só  disso que queria falar porque acredito que, aos poucos vou ser mais do que essas marcas. Também queria falar deles, de nós, dos nossos dias, enfim. Escolher esse título seria muito redutor. Mas uma certeza tinha, a de que  escreveria um post com esse título. Tinha que escrever sobre isto porque se fala pouco do lado menos cor de rosa da maternidade e eu senti-o na pele. Ah se senti. Esperei ansiosamente por aquele dia. Os últimos dias então eram intermináveis e só tinha 37 semanas. Mas via toda a gente a chegar às 40/42 e eu não queria. Não queria mesmo! E tive essa conversa com o meu filho que, mostrando já o doce de menino que era, fez me a vontade. No dia 25 de Setembro, com 37 semanas e cinco dias o G. decidiu vir ao mundo e ele foi a única coisa boa que ficou des

O melhor ano de sempre

O melhor do ano que agora acabou anunciou-se logo no princípio e foi crescendo connosco. Cresceu-me a mim na barriga e aos dois no coração. Foi intenso, arrebatador, com dias de magia e outros não tão assim. Chegou por fim sem aviso, antes do que devia chegar, mas na hora certa enfim. Em Setembro. Deixou marcas, mas trouxe mais do que podíamos imaginar. Trouxe mais amor (se é que seria possível), mais alegria, mais vontade de viver. O melhor deste ano tem bafinho de leite e um sorriso desdentado que nos aquece o coração. Foi um bom ano. O melhor de todos talvez. Para o ano que agora começa peço saúde. Para nós e para ele. Para nós cuidarmos dele. Peço tempo, mais horas para os meus dias que passam tão depressa e ainda nem voltei ao trabalho. Mais horas para o ver crescer já que não o posso manter pequenino. Não peço amor pois esse vem a multiplicar-se dia a dia entre nós, entre eles, entre eu e ele. E para já chega. Não peço mais nada.