Avançar para o conteúdo principal

O melhor ano de sempre

O melhor do ano que agora acabou anunciou-se logo no princípio e foi crescendo connosco. Cresceu-me a mim na barriga e aos dois no coração. Foi intenso, arrebatador, com dias de magia e outros não tão assim. Chegou por fim sem aviso, antes do que devia chegar, mas na hora certa enfim. Em Setembro. Deixou marcas, mas trouxe mais do que podíamos imaginar. Trouxe mais amor (se é que seria possível), mais alegria, mais vontade de viver.
O melhor deste ano tem bafinho de leite e um sorriso desdentado que nos aquece o coração.
Foi um bom ano. O melhor de todos talvez.

Para o ano que agora começa peço saúde. Para nós e para ele. Para nós cuidarmos dele. Peço tempo, mais horas para os meus dias que passam tão depressa e ainda nem voltei ao trabalho. Mais horas para o ver crescer já que não o posso manter pequenino. Não peço amor pois esse vem a multiplicar-se dia a dia entre nós, entre eles, entre eu e ele.

E para já chega. Não peço mais nada.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Quanto [me] custa ser Enfermeira

Custa muito. Custa tanto que às vezes acho que não vale a pena. E uso a palavra 'custar' de propósito porque, bem vistas as coisas, há sempre uma associação ao nosso salário: são pagos para isso, não fazem mais do que a vossa obrigação. E ouvir isto assim, dito da boca para fora, magoa. Magoa muito.  Magoa porque quem o diz, não faz ideia de quanto custa, por exemplo, amparar a queda de quem descobre que vai morrer. A quem é dito que já não há cura. Amparar o desencanto de sonhos interrompidos aos 20, aos 30, aos 40 anos. Não importa a idade. São sempre sonhos de alguém. Não faz ideia de que é inevitável projectarmos a nossa vida nestas vidas e que vivemos sempre assustados com o que nas nossas vidas pode surgir. Magoa porque não fazem ideia de quanto custa segurar na mão de quem parte e depois segurar na mão de quem fica. Aliás, a maioria das pessoas nunca teve que ver um cadáver de perto, quanto mais acompanhar essa passagem tão avassaladora, que culmina num último s

Eu e a festa dele: dois anos.

Setembro nunca me deixa ficar mal mas eu, por norma deixo ficar mal Setembro! Porque o deixo passar e acabar sem falar sobre um dos dias mais importante do mês: o dia em que festejamos os anos do Gui! Já falei sobre o dia do aniversário propriamente dito, aqui e de como optámos por lhe oferecer memórias em vez de bens e tralha perecível. Mas ainda não falei da festa propriamente dita, sendo que este ano tentei também controlar-me, seguindo um pouco a mesma filosofia. Não foi fácil, acabei por exagerar aqui e ali, mas acredito que com o tempo isto melhora (ou não)! Este ano o tema estava definido há algum tempo. Depois de termos decidido que o primeiro ano seria festejado entre nuvens e balões de ar quente, ele começou a mostrar a sua preferência pelos 'Heróis da Cidade' e ficou claro que a festa do segundo aniversário iria enveredar por aí. Não foi fácil, até porque não há absolutamente nada à venda sobre este tema o que me obrigou a puxar ainda mais pela cabecinha e a ma

Panquecas de Aveia e Laranja

Esta semana descobri a pólvora, ou melhor, AS panquecas! Há muito que usamos esta opção como pequeno almoço ou lanche, em dias com mais tempo e sempre com receitas adaptadas para que o G. também possa comer. Fazia essencialmente as receitas do Blogue Na Cadeira da Papa  e ia variando nos acompanhamentos. No entanto, esta semana, por mero acaso descobri umas Panquecas de Limão, cuja receita original retirei daqui  e que, de imediato me pareceram muito bem. Não tendo todos os ingredientes da receita original, improvisei com o que tinha e, não havendo limões, saíram umas Panquecas de Laranja cuja receita vos deixo a seguir. Espero que gostem. Cá em casa tem sido um sucesso! Panquecas de Laranja (aproximadamente 6 panquecas do tamanho da imagem): - 2 ovos - 1 iogurte natural (já usei também grego e coloquei 125gr) - 4 colheres de sopa de flocos de aveia (que pulverizei em farinha mas que pode ser usada assim) - 1 colher de chá de fermento para bolos - açúcar amarelo