Tinha esperança. Tinha tanta esperança no horário do próximo mês. Andei a trabalhar agarrada à ideia de que seria melhor que o anterior, que folgaria mais de um dia seguido, que teria mais fins de semana livres do que até aqui.
Só que não. Volto a trabalhar cinco dias seguidos com apenas uma folga no meio. Volto a folgar um Sábado e trabalhar de Domingo a quarta ou quinta já nem sei. Volto a passar uma semana sem o 'nosso dia de folga'. Volto a vê lo crescer só à tardinha e de fugida porque temos que ir dormir.
Sei bem que para a maioria a semana de trabalho também é seguida, mas pelo menos trabalham com o foco no fim de semana que têm como certo. Junto deles, só para eles. A mim (e a outros como eu) nem isso é permitido.
Fiquei de rastos. Aliás, já assim andava a acumular cansaço e noites mal dormidas mas na esperança, sempre na esperança deste novo horário. Assim que o vi chorei. De tristeza, de cansaço, de desespero. Por desejar ser mãe a tempo inteiro e só conseguir sê lo nas horas vagas.
Sarita, acredita, que os fins-de-semana também parecem não chegar... Sei que custa, dói demais, mas a vida é mesmo assim. Temos filhos para serem criados nas cresces.
ResponderEliminarResta-nos aproveitar o melhor que podemos as "horas vagas" que nos são dadas :(
Como me revejo nesse seu texto. Quando comecei a trabalhar ficava com um enorme sentimento de culpa, sentia que o estava a abandonar para ser criado por estranhos. É tão difícil. Também tenho um emprego que em muitos dias apenas o vejo 1h, às vezes nem tanto. E tal como a si, conto os dias para as minhas folgas.
ResponderEliminar