Era capaz de passar horas a ver-te brincar. Já tão bem sentado, a encher e esvaziar o balde dos legos ou a trocar bolas de uma mão para a outra. Com os teus dedos pequeninos já viras páginas de cartão, já fazes girar as rodas do carro, já sabes dizer que não.
Tens nove meses. O mesmo tempo que esperámos para te ver. E como pareceu grande essa espera. Apesar de calma e serena, mais lá para o final, a gravidez parecia nunca mais acabar tal era a ânsia de te conhecer. Mas estes últimos nove meses, estes em que já te temos nos braços, passaram a voar. Foi a voar que de bebé te tornaste em menino e como é bom ver-te crescer. Mas não posso negar que tenho saudades. Tão pouco tempo e já tanta saudade.
Saudade de caberes no meu peito, de encaixares a carinha no meu pescoço, de te embrulhar em mantinhas e em roupas pequeninas. Cresceste tanto e tão depressa. Mas estou tranquila. Não perdi nada. Não perdi pitada desses tempos. Eles passaram a voar mas eu aproveitei, ah se aproveitei.
Enquanto coubeste no meu peito foi lá que adormeceste e dormiste grande parte do tempo. Continuas a adormecer nele, embora agora com os pés de fora. Dei-te colo, muito colo. Não te pousava para quase nada. Embalei-te, dormi contigo, acordei contigo. Cantei, dancei, aproveitei. Não me arrependo da loiça que deixei por lavar, do chão que ficou por limpar, da roupa que ficou por estender. Arrepender-me-ia sim, se hoje olhasse para ti assim, tão crescido e sentisse que perdi alguma coisa. Mas não perdi, Só ganhei. Ganhámos aliás. Eu ganhei em sorrisos rasgados e tu ganhaste em amor. Espero que saibas isso, que sintas isso, Que te amo. Cada dia mais.
(post escrito há sensivelmente dois meses, que esteve à espera de tempo, esse tempo que teima em correr)
Tens nove meses. O mesmo tempo que esperámos para te ver. E como pareceu grande essa espera. Apesar de calma e serena, mais lá para o final, a gravidez parecia nunca mais acabar tal era a ânsia de te conhecer. Mas estes últimos nove meses, estes em que já te temos nos braços, passaram a voar. Foi a voar que de bebé te tornaste em menino e como é bom ver-te crescer. Mas não posso negar que tenho saudades. Tão pouco tempo e já tanta saudade.
Saudade de caberes no meu peito, de encaixares a carinha no meu pescoço, de te embrulhar em mantinhas e em roupas pequeninas. Cresceste tanto e tão depressa. Mas estou tranquila. Não perdi nada. Não perdi pitada desses tempos. Eles passaram a voar mas eu aproveitei, ah se aproveitei.
Enquanto coubeste no meu peito foi lá que adormeceste e dormiste grande parte do tempo. Continuas a adormecer nele, embora agora com os pés de fora. Dei-te colo, muito colo. Não te pousava para quase nada. Embalei-te, dormi contigo, acordei contigo. Cantei, dancei, aproveitei. Não me arrependo da loiça que deixei por lavar, do chão que ficou por limpar, da roupa que ficou por estender. Arrepender-me-ia sim, se hoje olhasse para ti assim, tão crescido e sentisse que perdi alguma coisa. Mas não perdi, Só ganhei. Ganhámos aliás. Eu ganhei em sorrisos rasgados e tu ganhaste em amor. Espero que saibas isso, que sintas isso, Que te amo. Cada dia mais.
(post escrito há sensivelmente dois meses, que esteve à espera de tempo, esse tempo que teima em correr)
Esse tempo, que teima em correr e que deixaste o post para depois em troca de colo, mimos e brincadeira.... e fizeste TÃO BEM!
ResponderEliminarÉ verdade. Que tudo fique pendente menos ele. Menos eles! :)
ResponderEliminarO tempo passa a voar mas é bom sentirmos que aproveitamos tudo. Os nossos bebes passam a meninos, num abrir e fechar de olhos.Bem haja de uma mamã que também tem o desejo de um dia ser mãe a tempo inteiro(temos que acreditar).
ResponderEliminarE que desejo! Era o melhor que me podia acontecer :)
Eliminarás vezes é só um clique e está apenas a um passo de ti! Após a minha A. ( o meu segundo tesouro) nascer, debati-me durante 13 meses com inseguranças, dúvidas e medos. Ser mãe a tempo inteiro ou continuar numa loucura de vida, que só viria a piorar. Muitas foram as noites em branco a ponderar a família, o dinheiro, a sociedade, a felicidade! até que percebi que muitos bloqueios eram da minha cabeça ou imposições que a sociedade nos coloca como mulheres, profissionais e até como mães - sim porque parece que é obrigatório deixar as crianças em creches, não desenvolvem e tal! hoje, passados 9 meses desde a verdadeira mudança de profissão, posso dizer com todo o orgulho - eu mudei e sou mãe a tempo inteiro! mas atenção! a sociedade já não está preparada para encarar uma mãe a tempo inteiro. há sempre uma expressão de desdém, um olhar ridículo e inferior. Enfim! a Vida dos outros é lá com eles, eu sou bem feliz com a minha!
EliminarA sociedade é ingrata. Não está preparada para mães a tempo inteiro mas também não está preparada para as mães que trabalham horas a fio e deixam as crianças com terceiros. A sociedade nunca está preparada para nada. Mas importo me cada vez menos com a sociedade. Procuro a felicidade plena junto dos que amo. Sou feliz, imensamente feliz mas podia ser mais. E não vou desistir dessa busca. Não sei o que fazias mas admiro te imensamente.
EliminarBeijinho
é uma questão de adaptação! Tinha uma profissão que queria e gostava. Era técnica sup. de segurança no trabalho. Zelava pelos outros no seu local de trabalho. Eram dias de stress, desilusão, quilómetros de carro - tinha dias de fazer 500km, horas extras, às vezes fins de semana, trabalho para casa. Nasceu o T. e decidi mudar. Juntei-me ao meu pai num escritório de contabilidade. Mudei da água pro vinho - nunca percebi nada de contabilidade nem de matemática ;) mas avancei por um caminho muito mais calmo!
EliminarNasceu a A. e ainda estive com ela 7 meses no escritório. Tinha um só para ela dormir e depois estava comigo entre papeis e impressoras! Quando ela fez 13 meses, vim definitivamente para casa. Foi a melhor decisão que tivemos. Já não me lembro do stress, da culpa que sentia - que levava algumas vezes a descarregar neles (filhos e marido). Já só me lembro dos dias entre jogos, brincadeiras, caminhadas e crescimento acompanhado. Somos todos mais felizes e é impressionante ver como a diferença no meu espírito influencia todo o ambiente.
olha, temos a carteira mais vazia, mas o coração está muito mais cheio! e não há dinheiro que pague isso.
está só a um passo de nós!
bjinhos